sábado, 25 de março de 2017

Monumentalidade Estética na Arquitectura


Quando olhamos para a arquitetura, para um objeto arquitetónico, instintivamente analisamos dois grandes aspetos, independentemente do género ou formação académica que possamos ter e estes são: estética e funcionalidade.
A funcionalidade é realmente fácil de ser atingida, pois pertence à esfera do pragmatismo e por isso basta obedecer a um conjunto de regras básicas como o "para que serve"- a finalidade do espaço, as dimensões mínimas adequadas, à estática e à sustentabilidade. Elas são também facilmente justificadas com a necessidade da construção.
Quando falamos na estética a coisa muda de figura uma vez que entramos pela esfera subjetividade a dentro, bem como da a cultural entre muitas outras coisas.
Durante esta última década, na sua primeira metade, assistiu-se a um crescimento da monumentalidade estética e, na segunda metade, um decréscimo abismal para níveis de quase absentismo estético. Há cerca de cinco anos os arquitetos aplicavam uma monumentalidade estética. Exemplo disso são Zaha Hadid, Frank Gehry, Norman Foster e Frank Loyd
Wright era uma inspiração para arquitetos. É certo que a estética não pode oprimir a funcionalidade do objecto arquitetónico, mas também sabemos que uma é indissociável da outra.
Por falar em Frank Gehry, recentemente veio a publico queixar-se dos "edifícios espelhos" e da sua estética enfadonha pelas fachadas lisas consequentes de motivos económicos. O próprio diz que simplesmente não se renega a motivos económicos e não quer comprometer a arquitetura que já lhe é característica.
Eu próprio entendo que não devemos fazer caixotes habitacionais ou comerciais e alio-me a este renomado arquiteto para tentar influenciar outros arquitetos e pessoas leigas na matéria a darem oportunidade à estética elaborada nas suas vidas e aponto a nova arquitetura para algo que deve expressar sentimento, beleza ou horror, o detalhe e a monumentalidade geral do objeto arquitetónico. Que seja algo que possa impactar de alguma forma o espectador visitante sem esquecer o seu conforto.
Até quando vai durar?

sábado, 11 de março de 2017

Ateliers portugueses na bienal de Chicago



Estão os convidados Aires Mateus, Bak Gordon Arquitectos, Barbas Lopes, Fala Atelier, Nuno Brandão Costa e Sami Arquitectos.

 Ao todo são seis ateleirs nacionais que foram convidados a participar na bienal de Arquitetura de Chicago, USA, com datas marcadas entre 16 de Setembro a 7 de Janeiro de 2018. Nela participam 104 convidados em que ateliers portugueses vão participar e mostrar as suas interpretações do espaço explorando o tema geral do evento. Nele vão participar Aires Mateus, Bak Gordon Arquitectos e Barbas Lopes, com ateliers em Lisboa. Também encontram-se entre os convidados Fala Atelier e Nuno Brandão Costa, com ateliers no Porto, e Sami Arquitectos, com atelier em Setúbal, segundo informa o site do evento.
Esta edição tem como tema geral "Make New Hostory", cuja intenção é explorar "os eixos entre história e modernidade e entre arquitetura e arte". Com isto podemos dizer que o objectivo da bienal de Chicago é a origem histórica dos materiais e examinar a relação destes com o design. “No reino da prática da construção – desde os edifícios de raiz ao restauro e conservação –, serão explorados os contextos que o arquitecto encontra no local, respondendo a regulamentos legais, convenções sociais e outras marcas ali deixadas”, sublinha a organização.

A 1.ª edição da Bienal de Arquitectura de Chicago decorreu em 2015.